domingo, outubro 30, 2011

Antártida: Expedição brasileira instalará estação de pesquisas no Continente Branco

Criosfera 1. Fonte: Zero Hora
Segundo informações recentemente divulgadas na mídia, uma missão científica partirá desde Porto Alegre rumo à Antártica para instalar um centro de monitoramento climático em pleno Continente Branco, projeto conduzido pela UFRGS e pela UFRJ.

Trata-se da Criosfera 1, projeto inédito coordenado pelo professor Jefferson Cardia Simões que, juntamente com mais 15 pesquisadores, permanecerão acampados no gelo por pelo menos 70 dias enquanto processam a instalação do módulo de instrumentos.

O módulo foi construído na Europa e equipado no Brasil e a A novidade desta expedição é a instalação do primeiro módulo científico brasileiro no interior do continente antártico, 2.500 quilômetros ao sul da Estação Antártica Comandante Ferraz. Ou seja, a distância Ferraz – Criosfera 1 é maior do que a distância entre a cidade do Rio de Janeiro e Belém do Pará (2450 km).

O módulo Criosfera 1 nas instalações da UFRGS antes de embarcar para a Antártida.
Fonte: Divulgação INPE/CPC
Os pesquisadores vão investigar sobre a química da atmosfera, glaciologia, geofísica e climatologia. Entre as pesquisas, destacam os estudos sobre o transporte de poluentes da América do Sul para o centro da Antártica.

Em especial, os cientistas estão interessados em saber se já existem sinais no continente gelado da poluição atmosférica causada pelas queimadas no Brasil. Para isso, o módulo Criosfera 1, amostrará continuamente o ar, coletando tanto gases como micropartículas sólidas, por exemplo, a fuligem decorrente da queima de biomassa e de hidrocarbonetos.

A vida em um acampamento no gelo, em condições extremas, não é nada fácil como se pode imaginar. E assim bem conhecem os montanhistas... 

Os pesquisadores ficarão alojados em 5 barracas dormitório e 1 cozinha, em condições de temperatura de até - 36ºC, sem banho durante todo o período e com um kit pessoal que os possibilitará trocar a roupa de baixo a cada 10 dias.

A estação deverá funcionar automaticamente alimentada por energia solar e eólica e os dados coletados serão enviados por satélites, e a intenção é obter análise sobre os reflexos dos poluentes gerados na América do Sul no continente.

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